Principais Fundamentos e Teóricos

A filosofia não apenas precedeu a ciência, mas também forneceu as bases teóricas e metodológicas que permitiram o desenvolvimento da investigação científica. Ao longo da história, a filosofia e a ciência têm se influenciado mutuamente, e essa relação continua a ser vital para o avanço do conhecimento humano.

Edmund Gustav Albrecht Husserl (8 de abril de 1859 —27 de abril de 1938) foi um filósofo e matemático alemão, fundador da escola da fenomenologia.
Em seu trabalho maduro, ele procurou desenvolver uma ciência sistemática baseada na chamada redução fenomenológica. Argumentando que a consciência transcendental estabelece os limites de todo conhecimento possível, Husserl redefiniu a fenomenologia como uma filosofia transcendental-idealista.
Ela se preocupa com o estudo das estruturas da consciência e dos fenômenos como eles são experienciados na primeira pessoa.
Um dos conceitos centrais da fenomenologia é a intencionalidade, que se refere à ideia de que a consciência está sempre direcionada para algo. Em outras palavras, a consciência é sempre a consciência de alguma coisa.
Husserl introduziu a prática da "époche" (ou "redução fenomenológica"), que envolve a suspensão de julgamentos sobre a existência do mundo externo para focar exclusivamente na experiência subjetiva. Isso permite que os fenômenos sejam estudados como são vividos e percebidos, sem preconceitos ou pressupostos.
A fenomenologia busca identificar as essências ou estruturas universais das experiências. A análise eidética tenta descobrir as características essenciais dos fenômenos através da variação imaginativa.
Vivência e Experiência: A fenomenologia examina como os fenômenos aparecem na experiência imediata e vivida do sujeito. Isso inclui uma análise detalhada das experiências sensoriais, emocionais e cognitivas.
Além de Husserl, outros filósofos influentes no desenvolvimento da fenomenologia incluem Martin Heidegger, Maurice Merleau-Ponty e Jean-Paul Sartre. Cada um desses pensadores expandiu e modificou a fenomenologia de maneiras distintas.
Heidegger, por exemplo, focou na questão do "ser" e na existência humana, enquanto Merleau-Ponty enfatizou a corporeidade e a percepção. Sartre, por sua vez, explorou as implicações da fenomenologia para a liberdade e a existência humana.

Merleau-Ponty Argumenta que o corpo não é apenas um objeto no mundo, mas um sujeito perceptivo. Ele é o meio pelo qual experienciamos o mundo. O corpo não está separado da mente; ele é integral à nossa consciência. Vê a percepção como o ato primário através do qual nos engajamos com o mundo. Antes de qualquer julgamento ou análise, há a experiência direta e imediata do mundo através da percepção.
“seja qual for a natureza do mundo e do ser, nós lhe pertencemos” Merleau- Ponty

Heidegger Transforma a fenomenologia de Husserl em uma fenomenologia hermenêutica, enfatizando que a interpretação é uma parte fundamental da experiência humana. Compreender algo é sempre interpretá-lo dentro de um contexto de significado. Um método de investigação ontológica, focado na análise da existência humana e na compreensão do ser. Vai além da descrição da experiência consciente proposta por Husserl.
"A essência do ente deve ser concebida, na medida em que dela se pode falar, a partir de sua existência." Heidegger

Jean-Paul Sartre, Outro proeminente filósofo fenomenológico, fez contribuições significativas, especialmente em relação à liberdade, à consciência e à existência. Descreve um campo fenomenológico como o espaço onde a consciência se engaja com os fenômenos. Este campo é estruturado pela intencionalidade da consciência, que define quais aspectos do mundo se tornam presentes e significativos. Enfatizando a liberdade radical da consciência, a intencionalidade e a interação com os outros. Sua abordagem destaca a complexidade e a responsabilidade envolvidas na experiência humana, oferecendo uma visão profunda e dinâmica do campo fenomenológico.
“O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós”. Jean-Paul Sartre
Fonte: Internet
Sonia Monteiro

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